Eles podiam sair daquele lugar. Pular pelas janelas e encontrar um mundo fora, iriam eventualmente se machucar, mas algumas cicatrizes não mata ninguém. Enquanto isso ficavam sentados, sempre com tédio, respondendo apenas o que os outros gostariam de ouvir: bom dia, sim senhor, não senhor, muito obrigado. Eu vivi no meio daquela confusão organizada, não entendia nada, só fazia copiar.
Copiava, copiava e copiava.
Nada mais.
Mesmo com esforço não conseguia ser igual a eles.
Eventualmente, ninguém saiu, apenas eu que fui para onde realmente pertencia.
Junto dos selvagens.
Junto dos imperfeitos.
Junto dos verdadeiros.